Cidade do Panamá e San Blas | Dicas e Mini Roteiro

Bom, vamos lá começar os roteiros das penúltimas férias! As últimas foram em Portugal e lá nunca fico realmente de férias, sempre, ou quase sempre, vou a trabalho e/ou visitar a família e isso não entra de todo no meu conceito de férias!
Aproveitámos o Carnaval e tiramos 10 dias de férias para fazer Panamá, San Blas, Costa Rica e Colômbia. Decidi não fazer um post com tudo porque ia ficar gigante, achei melhor dividir para deixar tudo mais organizado. O Panamá ficou junto com San Blas porque confesso que só fomos ao Panamá porque a Copa Airlines voa até lá e seria sempre o nosso ponto de partida e chegada para os outros destinos, mesmo comprando na opção "multi-cidades" todos os voos da Copa Airlines passam obrigatoriamente pelo Panamá.
Começando já por aí, amei a Copa Airlines! Tudo perfeito. Desde a compra da viagem, até ao check-in, embarque, pessoal do avião, avião, espaço para as pernas!!! Gente, eles vão dominar o mundo e espero que abram rota Rio de Janeiro/mundo que serão sempre a minha primeira opção! Além disso, preços muito competitivos. Ah, lembrei agora que tive só um problema, não colocaram todas as milhas da viagem no meu cartão TAP Victoria, ambos são Star Aliance e por isso é possível, mas nada que a Copa Airlines não tenha resolvido em tempo recorde!
Cidade do Panamá - Panamá
A viagem até ao Panamá, saíndo do Rio de Janeiro, demora 7 horas. Saímos de noite e dormimos no avião, esta para mim é sempre a melhor opção porque não se perde o dia em viagem nem uma noite ($$$) no hotel, no entanto para quem tem problemas em dormir ou de costas não recomendo. Chegamos bem cedinho à Cidade do Panamá e logo na chegada me deparei com um freeshop incrível, com muitas lojas e muita opção, parece um shopping, e embora tenha lido que, por ser paraíso fiscal com uma ótima, e baixa, tributação, seria melhor comprar em shoppings, achei o freeshop mais barato. Por exemplo, anotei só para deixar aqui registrado, o lápis de olho da MAC custava 19,26 dólares no shopping e 16 dólares no freeshop. Um dica ainda no aeroporto, lá tem várias opções de táxi e o valor deles até aos hotéis são 25 dólares, então não sei deixem enganar porque o primeiro taxista que abordei cobrou 35 dólares alegando que o nosso hotel era mais longe... Mentira, são 25 dólares e ponto.
Ficamos hospedados no Hotel Hilton Garden Inn e não tenho o que falar mal, muito pelo contrário! Atendimento nota 10 e excelentes instalações, cama gigante, lençóis de primeira, internet sempre operacional, computadores para os hospedes usarem, enfim, tudo como se espera de um hotel da rede americana Hilton. Para mim o melhor foi eles terem guardado as malas durante a nossa estadia em San Blas, ou seja, ficamos uma noite no Hilton na Cidade do Panamá, depois fomos 3 dias (2 noites) para San Blas apenas com uma mala pequena, e na volta ficamos mais uma noite no Hilton no Panamá. Optamos por não incluir o café da manhã na diária porque ficava mais caro e porque eu nunca como quase nada do que oferecem. Ali perto do hotel existem alguns mercadinhos que foram muito úteis não só para comprar o café da manhã (fruta, pães, etc.) mas também para comprar algumas coisas para levar para San Blas.
Na Cidade do Panamá não tem muito para fazer. Achei um blog com ótimas dicas, o Do Panamá Para o Mundo que me ajudou muito! Não tivemos tempo de ir ao canal, porque embora tenhamos ficado dois dias por lá um foi o dia da chegada e outro de partida. Optamos no primeiro dia por caminha até Casco Viejo, a zona mais antiga da cidade, e almoçamos tardiamente por lá no único restaurante aberto no domingo véspera de Carnaval que nem era nada de especial. Depois passámos num shopping para comprar um adaptador que nos esquecemos no Rio e dar uma olhada mas nem achei nada de tão barato assim. O que acontece é que a moeda no Panamá, a balboa, vale o mesmo que o dólar, e com a (super) alta do dólar não me empolguei muito. Por essa razão, não achei o Panamá tão barato como todos comentavam, óbvio que quando comparado com o Rio de Janeiro é muito mais em conta, mas comparando com Lisboa, é caro. Na volta à Cidade do Panamá, já depois de San Blas, voltamos de novo a Casco Viejo porque adorámos o estilo charmoso e antigo do bairro e almoçamos num peruano top, mas caro, o El Virrey Kucina Peruana. Já de noite e mais perto do hotel fomos a um outro peruano (amamos ceviche) o Machu Picchu que foi bem mais barato e também muito bom. Não falta culinária peruana na Cidade do Panamá!
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Casco Viejo - Cidade do Panamá Ao fundo a parte nova, e super moderna, da cidade. |
A Cidade do Panamá surpreendeu pela positiva, achei a cidade bonita, tanto a parte nova com os seus arranha céus, como a parte mais antiga e charmosa de Casco Viejo. No geral a cidade está bem cuidada, os panameños são muito simpáticos e atenciosos e parecem ter uma rica vida, com muito baixa tributação (imposto único de 7% sobre mercadorias... #sonho) e muita opção, desde restaurantes, a lojas, spas, shoppings, casinos, muitos casinos, etc. Vale a pena conhecer durante uma conexão entre um voo e outro ou até mesmo passar uns dias. Ah e não esqueçam de comprar o bom e velho chapéu do Panamá que vende em todas as esquinas! Não me lembro do preço mas na altura achei caro.
San Blas
San Blas não fazia parte do nosso roteiro inicial, aliás, só Cartagena e San Andres (onde acabámos por nem ir) na Colômbia faziam. Acontece que nos desanimaram (muito) para ir para San Andres e em conversa com uma amiga ela nos sugeriu San Blas. Nunca tinha ouvido falar mas logo me animei: 365 ilhas paradisíacas caribenhas, ao largo do Panamá, território dos índios Kuna Yala, onde se dorme em cabanas de palha e chão de areia, se come o que eles pescam, só há energia das 18 as 22 horas e os telefones mal funcionam. P E R F E I T O, era mesmo o que eu queria: férias no meu conceito de férias.
Comecei a investigar as ilhas habitadas e que recebem turistas e a melhor pareceu a ilha de Narasgandup que é explorada por dois índios diferentes. Achei o site das Cabanas de Narasgandup e logo contactei o índio responsável, o Ausel, por whatsapp (+50766867437), sim, podem rir, o índio tem whatsapp e até facebook, e foi por lá que combinei tudo com ele em espanhol.
O transporte do hotel até ao porto, onde iríamos apanhar o barco, fechamos com o Edwig, que nos foi indicado pelo Ausel, também por whatsapp (+50767482474). A viagem feita obrigatoriamente em 4X4 dura umas 2/3 horas e metade do caminho é tranquila, a outra é mais tensa porque a estrada é terra batida e tem bastantes buracos, mas nada que não se faça. No meio do caminho é feita uma paragem rápida para banheiro e comer qualquer coisa. Recomendo que escolham um transporte e motorista credenciado e de preferência recomendado pelos índios, a estrada não é de todo fácil! Já o transporte de barco do porto até à ilha que é realizado pelos índios e está incluído no valor da hospedagem, na ida o mar estava muito revoltado e foi bastante tenso, demoramos uns 45 minutos e chegamos todos molhados e com frio... Na volta foi bem mais rápido, uns 20 minutos e nem me molhei, mas a minha dica é que vão de biquíni/calção de banho na viagem! Quanto às malas, eu levei mala nem tinha mochila e foi tranquilo, vão no porão (ou porão é só de avião?) do barco e não se molham, podem ficar descansados.
Narasgandup - San Blas |
Narasgandup - San Blas E a cor dessa água??? |
Duas noites nas Cabanas de Narasgandup saíram por 160 dólares por pessoa numa cabana exclusiva com chão de areia e sem banheiro privativo, com 3 refeições incluídas (café da manhã, almoço e jantar, sendo que num deles haveria lagosta que nunca houve porque segundo eles não conseguiram pescar... Vi vários blogs onde todo mundo reclamava que nunca viram a lagosta... Acho que ela é mito! rsrsrs) um passeio por dia a uma outra ilha e transporte desde o porto até à ilha. A isto acresce o tal transporte em 4X4 desde o hotel até ao porto e do porto até ao hotel de 50 dólares por pessoa e ainda uma taxa, tributo ou qualquer coisa por entrarmos em território Kuna Yala de 20 dólares por pessoa, e ainda mais 2 dólares por pessoa quando visitamos outras ilhas pagos diretamente aos índios. Colocando na ponta do lápis a brincadeira ficou por 234 dólares por pessoa por 3 dias e 2 noites em San Blas. Oh e esses índios sabem fazer dinheiro, viu!? Pedi um coco e cobraram 10 dólares! E se quisesse tirar foto com o índio, li por aí, tinha de pagar 5 dólares pela foto. Aprendam como se faz $$$ países em crise!
Mas confesso que valeu cada centavo!!! San Blas é lindo, lindo, lindo e uma experiência única! Parecem ilhas desenhadas de tão perfeitas, com areia fininha, palmeiras, estrelas do mar, búzios, água cristalina e sol a pico o dia inteiro! Nos dois dias acordámos com o sol a entrar na cabana, pássaros e barulho do mar, acredito que entre as 5:30 e as 6 da manhã, passamos o dia a mergulhar e a passear e a noite contemplávamos o céu estrelado e víamos as fotos, bem rapidamente para não gastar bateria porque não tínhamos onde carregar, antes de dormir.
Cabana de Narasgandup, a nossa era a da direita! |
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Interior da nossa cabana, que tinha 3 camas (?!) e chão de areia! |
Visual da nossa cabana... |
Narasgandup - San Blas |
Para quem é fresco com comida recomendo que levem de terra. Para mim, que tento ter uma alimentação o mais natural e saudável possível foi tranquilo, o café da manhã eram ovos com pão e chá/café, almoço atum (frito numa tentativa de ser grelhado) com arroz e salada e o jantar frutos do mar com arroz e salada. Bom, os frutos do mar tinham kani (delicias do mar) então não me tentem me convencer que pescaram aquilo por favor... Acho que nisto eles deviam melhorar!
Durante a nossa estadia visitamos duas ilhas a Isla Stella, cheia de estrelas do mar e uma outra que não lembro o nome e onde também quase nem tirei fotos porque chegamos e caímos no sono...
Durante a nossa estadia visitamos duas ilhas a Isla Stella, cheia de estrelas do mar e uma outra que não lembro o nome e onde também quase nem tirei fotos porque chegamos e caímos no sono...
Isla Stella - San Blas |
Isla Stella - San Blas |
Na mala além de lanterna que é essencial, repelente, boné, óculos de sol e protetor solar, levamos latas de atum (sempre a salvação), biscoitos de arroz e algumas barrinhas proteicas para garantir que ninguém passava fome, e água. Existe um mercadinho bem básico lá onde se vendem alguma bebidas mas é caro, aliás tudo ali e caro! O dress code é biquini, ou calção de banho, e havaiana no pé! Só tirava o biquíni para dormir! Ah quem tiver material para fazer mergulho pode levar também.
Assim se passavam os dias em San Blas... |
E como faz com o banheiro Bel? Bom, as Cabanas de Narasgandup são no total 5 cabanas, sendo 3 sem banheiro e as outras 2 com banheiro privativo, estas ultimas, alem do wc privado, tem também chão em madeira. No entanto, obviamente existe um banheiro para todos que fica bem no centro da ilha, que é bem pequenininha. Eu achei na boa e nunca esperei mais de 2 minutos para usar, mas ao contrário do que muita gente pensa eu não sou nada fresca! A minha dica é que não tomem banho muito tarde porque a agua fica à temperatura ambiente e de noite não fica tão quente como de dia. Tirei até foto do banheiro para verem!
De resto, e ao contrário do que li por aí, achei os índios super simpáticos, só me lembro do nome do Rui, e atenciosos! No entanto acho que podiam ter mais cuidado com a limpeza da ilha, no centro estava bem bem porquinha o que é uma pena... :(
Quem tiver oportunidade visite San Blas, é um destino maravilhoso para passar alguns dias, mas poucos, acho que 3, no máximo 4 dias, são suficientes!
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Simples, bem bem simples, mas sempre limpinho e cheiroso! |
De resto, e ao contrário do que li por aí, achei os índios super simpáticos, só me lembro do nome do Rui, e atenciosos! No entanto acho que podiam ter mais cuidado com a limpeza da ilha, no centro estava bem bem porquinha o que é uma pena... :(
Quem tiver oportunidade visite San Blas, é um destino maravilhoso para passar alguns dias, mas poucos, acho que 3, no máximo 4 dias, são suficientes!
2 Comentários:
Lindissimo Bel ♥
Amiga, acho que o Gustavo não lê o blog da bel e apanha sol na cara... lol
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